Translate here

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fernando PESSOAS

Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo e escritor Português. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterônimos (Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, etc) objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".


Obra Poética



O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa; Autopsicografia; 27 de Novembro de 1930 (1ª publ. in Presença, nº 36. Coimbra: Novembro 1932.)



* Alberto Caeiro (Mestre de Fernando Pessoa)Também é conhecido como o poeta/filósofo, mas rejeitava este título e pregava uma "não-filosofia". Acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais: irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para a vida. Um exemplo disso está nos seus pensamentos em ''Guardador de Rebanhos''. 
 "Penso com os olhos e com os ouvidos / E com as mãos e com os pés / E com o nariz e a boca" (poema IX). 
 
O que é "pensar com os olhos"? Pensar com os olhos é aceitar simplesmente o que recebemos dos nossos sentidos, sem sentirmos necessidade de pensar nisso. Pensar com os olhos é apenas ver, sem ter necessidade de pensar. Para Caeiro basta-lhe o que os seus olhos vêem - é assim ser natural, é assim que a Natureza funciona. Apenas os homens insistem em ir para além da Natureza, e Caeiro pretende um regresso ao "ser natural", um regresso à simplicidade, à "realidade imediata"; porque "para além da realidade imediata não há nada"




                            Diálogo entre Fernando Pessoa e Caeiro


Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa ?

Que é, vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz ?

Muita cousa mais do que isso.

Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.

Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.
 



....................................................
Fragmentos retirados de Wikipédia e do site: www.umfernandopessoa.com





Nenhum comentário:

Postar um comentário